Acrobat - Pablo Picasso
Como disse o próprio Picasso: “TUDO O QUE VOCÊ PODE IMAGINAR É REAL”
Esse é um conceito que se aplica facilmente à prática do yoga, segundo o qual o universo nada mais é do que a projeção do que está dentro de nós. De acordo com a “lente” que usamos o mundo se transforma, sendo a consciência sobre a nossa própria visão um dos poderes (siddhis) que o yoga desenvolve proporcionando ao praticante o domínio sobre a sua realidade. A responsabilidade sobre o nosso bem estar e felicidade está somente nas nossas mãos. É apenas uma questão de perspectiva.
" Esse é o caminho pertencente a Shankara no qual a dor se torna prazer, o veneno se torna néctar, e o mundo que amarra a alma se torna libertação"
(U. Stotra 20,12)
O yoga é uma prática libertadora pois purifica nosso entendimento distorcido sobre a existência trazendo maior soberania sobre a nossa vida através de uma visão mais apurada e expandida, menos dependente da dualidade e do conflito. E é nesse ponto de conforto da realidade interna/externa que se cria o espaço onde o verdadeiro Eu, o rei interno, por muitos denominado Shiva, o benfazejo, predestinadamente assume seu lugar.
E assim, apossado de Si, o praticante passa a viver a sua verdade que de dentro emerge com todas as forças, muitas vezes assutadora, mas vencendo todas as barreiras sem sinal de medo das mudanças.
A intenção de dos textos e conteúdos desse site é encorajar e desenvolver esse novo olhar que nos livre dos véus da ilusão, ampliando os horizontes da percepção humana. Se possível, ao infinito.
DESVENDANDO
SIM, O YOGA REVELA
04/09/2011 17:58
Namastê
O sentido dessa simbólica e famosa “saudação a você” vista sob o ângulo do yoga é muito mais profunda do que imaginamos.
O namastê é um convite ao verdadeiro contato entre as pessoas pois ele vai além de um simples cumprimento e representa ao mesmo tempo a oferta do melhor que existe em nós e a reverência ao melhor que existe no outro (mesmo que isso não esteja evidente..).
O namastê exige presença e esse é o grande desafio que ele propõe. Percebermos que mais do que tudo vivemos perdidos em nossos pensamentos, julgamentos, preocupações, medos, defesas e ataques...enquanto isso os momentos passam sem que estejamos neles.
Nosso estado mental mundano e “não conectado” não vê nada além da superfície e nossas vivências e relacionamentos muito perdem com essa limitação. A vida através dessa visão “apertada” não nos permite vislumbrar a magia da nossa existência. A começar por nós mesmos. Se não nos vermos com bons olhos, amorosamente, não saberemos como apreciar o outro, anulando o valor gestual do namastê. E assim entramos na esfera do yoga, a prática que começa desde dentro quando o yogue se conecta ao seu centro e a partir de onde ele começa a reconhecer seus limites e potencialidades. Só assim ele pode, finalmente, perceber isso nos outros também, humildemente. Muitas vezes somos desafiados a ver o melhor, seja em nós mesmos, seja numa circunstância, seja no outro e aí está o exercício contínuo e vigilante do yoga, quando aprendemos a testemunhar desapegadamente o que a vida nos oferece e a respeitar e desfrutar desse estado como a manifestação do divino em suas milhares de formas.
O namastê sob essa abordagem é portanto uma reconexão com o nosso estado de presença ou de “graça” que nos liga à perfeição original de cada um como numa teia mágica universal ou tântrica.
Harmonia
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“Ao encontrar o fio que une o coração das pessoas, começamos a sentir o que significa harmonia. Ao focar minha visão no valor singular de cada um, os muros são destruídos e uma atmosfera de respeito, confiança e entendimento floresce, permitindo que a transparência de um olhar e a pureza de um sentimento manifestem-se naturalmente”. |
(Organização Brahma Kumaris)